Contexto Histórico e Social:
A história do Sudoeste Alentejano funde-se com a
sua geografia, sendo a sua qualidade de território periférico e fronteiriço determinante na sua evolução e na forma com chegou à actualidade.
Habitado
desde a Pré e Proto-história, mantém-se uma zona de grande interesse para populações, estudiosos, curiosos e aventureiros ...
Remontam ao período
romano os seus mais relevantes vestígios arqueológicos. Prova disso, são as
ruínas de Miróbriga (cidade Céltica) e os vestígios dos portos de Sines,
Pessegueiro, Milfontes e Odemira.
Os portos sempre
assumiram papel preponderante na vida das populações. Representam fonte de
alimento, de comércio e de exportação de produtos regionais. As populações
cultivam a maior parte do ano e pescam quando o mar lhes permite ...
O rio Mira atravessa um vasto território que permite às embarcações chegar ao interior, conferindo um papel de destaque à história do Sudoeste Alentejano e a
Odemira o de centro polarizador.
Nesta região escassamente povoada a vida era determinada
pelo ciclo da natureza e pelo calendário agrícola, no trabalho, na festa e na
religião. As festas solsticiais de fins de Junho, por exemplo, com os seus
banhos santos, os seus mastros e as suas fogueiras, repetiam anualmente rituais
naturalísticos, que o Cristianismo ao longo do tempo foi absorvendo.
A história do Sudoeste Alentejano funde-se com a
sua geografia, sendo a sua qualidade de território periférico e fronteiriço determinante na sua evolução e na forma com chegou à actualidade.
Habitado desde a Pré e Proto-história, mantém-se uma zona de grande interesse para populações, estudiosos, curiosos e aventureiros ...
Habitado desde a Pré e Proto-história, mantém-se uma zona de grande interesse para populações, estudiosos, curiosos e aventureiros ...
Remontam ao período
romano os seus mais relevantes vestígios arqueológicos. Prova disso, são as
ruínas de Miróbriga (cidade Céltica) e os vestígios dos portos de Sines,
Pessegueiro, Milfontes e Odemira.
Os portos sempre
assumiram papel preponderante na vida das populações. Representam fonte de
alimento, de comércio e de exportação de produtos regionais. As populações
cultivam a maior parte do ano e pescam quando o mar lhes permite ...
O rio Mira atravessa um vasto território que permite às embarcações chegar ao interior, conferindo um papel de destaque à história do Sudoeste Alentejano e a
Odemira o de centro polarizador.
Nesta região escassamente povoada a vida era determinada
pelo ciclo da natureza e pelo calendário agrícola, no trabalho, na festa e na
religião. As festas solsticiais de fins de Junho, por exemplo, com os seus
banhos santos, os seus mastros e as suas fogueiras, repetiam anualmente rituais
naturalísticos, que o Cristianismo ao longo do tempo foi absorvendo.
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV)
O Decreto Regulamentar nº 26/95, de 21 de setembro cria
o PNSACV e a uma área marinha adjacente. O Parque estende-se
por uma estreita faixa do litoral, a Costa Sudoeste, compreendida entre São
Torpes, a Sul de Sines, e o Burgau já na Costa Sul Algarvia, faixa marítima que
acompanha a Área Protegida em toda a sua extensão.
A Costa corresponde a uma zona de interface terra-mar com características muito específicas que lhe conferem uma elevada diversidade paisagística e alguns habitats plenos de biodiversidade.
A Costa corresponde a uma zona de interface terra-mar com características muito específicas que lhe conferem uma elevada diversidade paisagística e alguns habitats plenos de biodiversidade.
No PNSACV muitos ambientes (já) estão modificados pela ação do homem mas a diversidade
(ainda) é notável!
No PNSACV muitos ambientes (já) estão modificados pela ação do homem mas a diversidade
(ainda) é notável!
Quem chega por mar, encontra uma elevada e escura falésia de rocha muito
antiga. Sobre ela, uma fina camada de sedimentos repleta de habitats
de espécies singulares...
Destaca-se a zona marinha, com
arribas litorais, praias, dunas, charnecas e zonas húmidas (que incluem
estuários, sistemas lagunares, cursos de água, lagoas temporárias, pequenos
açudes e uma vasta zona húmida costeira), bem como os habitats das falésias, do
planalto costeiro e dos barrancos serranos, pelos valores florísticos que
suportam.
Na maré vazia, as
rochas mostram estrelas-do-mar, ouriços, perceves, búzios, caranguejos,
camarões, ... Nas falésias avistam-se ninhos de cegonha, falcões, andorinhões,
gralhas, rabirruivos,... Nas dunas há plantas raras, endémicas, aromáticas e
medicinais … Na foz dos rios e ribeiros reproduzem-se peixes, moluscos e
crustáceos. Nos planaltos costeiros observam-se migrações de milhares de aves,
incluindo as grandes planadoras. Nas florestas de pinheiros e sobreiros abundam
javalis, cogumelos e espargos bravos ... Nos vales o carvalho português, as
lianas e os arbustos de bagas coloridas embelezam a paisagem.
Nos charcos, há
crustáceos pré-históricos e anfíbios. ...
podem-se encontrar Triops - pequenos crustáceos que são fósseis vivos
e que mantêm a mesma forma de há
centenas de milhões de anos. Tal como outros pequenos crustáceos dos charcos,
no final da Primavera, produzem ovos muito resistentes ao calo, que eclodem no
outono quando a chuva volta
Nos ribeiros. a lontra é a rainha ...é a única zona de Portugal e das últimas na Europa, onde se encontram lontras em habitat marinho (PNSACV)
É habitat
fundamental para a reprodução da maior parte dos anfíbios da nossa fauna.
Animais pequenos e frágeis que desenvolvem estratégias de defesa. Uma delas
passa por fixar toxinas na pele - substâncias inofensivas para os humanos,
mas extremamente desagradáveis para os predadores.
A salamandra de costelas salientes, por exemplo, perfura a pele e faz sair as costelas para fora. O sapo de unha negra ao sentir-se ameaçado enterra-se rapidamente na areia. Outros, inalam ar e enchem como uma balão parecendo bem maiores... outros, fingem-se mortos, ficam hirtos e com a língua de fora...
Na maré vazia, as
rochas mostram estrelas-do-mar, ouriços, perceves, búzios, caranguejos,
camarões, ... Nas falésias avistam-se ninhos de cegonha, falcões, andorinhões,
gralhas, rabirruivos,... Nas dunas há plantas raras, endémicas, aromáticas e
medicinais … Na foz dos rios e ribeiros reproduzem-se peixes, moluscos e
crustáceos. Nos planaltos costeiros observam-se migrações de milhares de aves,
incluindo as grandes planadoras. Nas florestas de pinheiros e sobreiros abundam
javalis, cogumelos e espargos bravos ... Nos vales o carvalho português, as
lianas e os arbustos de bagas coloridas embelezam a paisagem.
Nos charcos, há
crustáceos pré-históricos e anfíbios. ...
podem-se encontrar Triops - pequenos crustáceos que são fósseis vivos
e que mantêm a mesma forma de há
centenas de milhões de anos. Tal como outros pequenos crustáceos dos charcos,
no final da Primavera, produzem ovos muito resistentes ao calo, que eclodem no
outono quando a chuva volta
Nos ribeiros. a lontra é a rainha ...é a única zona de Portugal e das últimas na Europa, onde se encontram lontras em habitat marinho (PNSACV)
É habitat fundamental para a reprodução da maior parte dos anfíbios da nossa fauna. Animais pequenos e frágeis que desenvolvem estratégias de defesa. Uma delas passa por fixar toxinas na pele - substâncias inofensivas para os humanos, mas extremamente desagradáveis para os predadores.
A salamandra de costelas salientes, por exemplo, perfura a pele e faz sair as costelas para fora. O sapo de unha negra ao sentir-se ameaçado enterra-se rapidamente na areia. Outros, inalam ar e enchem como uma balão parecendo bem maiores... outros, fingem-se mortos, ficam hirtos e com a língua de fora...
É palco do
"espetáculo" do corvo marinho. De porte semelhante ao pato, mas com
penas permeáveis, é exímio pescador e mergulha mais fundo e mais rápido ...
Feita a pescaria, empoleira-se numa rocha de asas abertas ao sol e ao vento,
secando as penas...
O Corvo Marinho de
Crista ou Galheta, muito mais raro, tem nesta costa a segunda mais importante
população nidificante em Portugal.
É área de passagem
para aves planadoras e para os passeriformes migradores transarianos, nas suas
deslocações entre as zonas de invernada em África e de nidificação na Europa, e
a última área de cria da águia-pesqueira na Península Ibérica.
É palco do
"espetáculo" do corvo marinho. De porte semelhante ao pato, mas com
penas permeáveis, é exímio pescador e mergulha mais fundo e mais rápido ...
Feita a pescaria, empoleira-se numa rocha de asas abertas ao sol e ao vento,
secando as penas...
O Corvo Marinho de
Crista ou Galheta, muito mais raro, tem nesta costa a segunda mais importante
população nidificante em Portugal.
É área de passagem
para aves planadoras e para os passeriformes migradores transarianos, nas suas
deslocações entre as zonas de invernada em África e de nidificação na Europa, e
a última área de cria da águia-pesqueira na Península Ibérica.
Há uma elevada
diversidade de vegetação -
mediterrânica, norte-atlântica e africana - uma elevada biodiversidade a nível de espécies e de
habitats naturais, muitos deles, exclusivos desta área. Trata-se do
Sítio com maior número de espécies vegetais prioritárias e maior número de
endemismos portugueses e locais
Nele, há cerca de 750 espécies, mais de 100 endémicas, raras ou localizadas, e 12 não existem em mais nenhum local do mundo... Há espécies consideradas vulneráveis em Portugal e diversas protegidas na Europa (PNSACV)
Fontes:
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