segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ameaças à Biodiversidade



Atualmente, estamos privados da existência de muitas plantas e animais, muito devido à  "soberba" e à incúria da “nossa espécie”!!



A diversidade biológica é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Contudo, está débil e muito ameaçada devido ao impacto das atividades antrópicas...



Em Portugal, como no resto do mundo, a biodiversidade está ameaçada por mudanças na utilização dos solos que fragmentam, degradam e destroem os habitats, muito devido ao ao crescimento demográfico/urbanístico, industrial, agrícola, florestal, etc., fatores que tendem a intensificar-se no futuro e a gerar (ainda) maiores pressões;
pelas alterações climáticas que destroem habitats e organismos, perturbam os ciclos de reprodução e obrigam organismos a deslocar-se:
pela introdução de espécies exóticas invasoras que contribuem para a extinção das espécies endémicas – “alteram a dinâmica das cadeias alimentares, reproduzem-se e realizam uma competição desleal com as espécies nativas” (CDB) e,

 pela exploração excessiva dos recursos naturais !




Por outro lado, a mundialização, o individualismo e má governação são, também, apontados como ameaças à biodiversidade ...

3 comentários:

Unknown disse...

Boa tarde Flora

Concordo que atualmente existe uma grande ameaça à biodiversidade, contudo no que se refere à governação, eu considero que as causas antropogénicas, não podem ser desvalorizadas, e considero um dos grandes fatores de deste flagelo.
Quanto ao governo não quero afirmar que este não poderia ter feito mais e melhor, contudo só por si não pode substituir às atitudes e comportamentos do humano face à destruição massiva por vezes do ecossistema.
Todavia, considero que tem surgido muita legislação e planos que direta ou indiretamente, tem tido grandes impactos na prevenção das ameaças da biodiversidade, nomeadamente a legislação das áreas protegidas, os planos de ordenamento, as diretivas quer de aves, habitat, rede natura, são instrumentos que valorizam os ecossistemas, e de alguma forma estão a preservar os mesmos.
Atrevo-me a afirmar que por vezes os planos são até demasiados restritivos, e falo disto porque sou confrontada com pedidos de licenciamentos nestas áreas proibidos por lei, que julgo que foram tratados excessivamente, quer de forma técnica e politica, que impedem as pessoas de usufruir de fazer pequenas arroteias e outras atividades que por vezes estão inseridos em ecossistemas sem valor de biodiversidade que o justifiquem fazer.

florabiodiversidade disse...

Boa noite Rosário,

Eu também concordo que as maiores ameaças à biodiversidade são de natureza antropogénica. Contudo, entendo a “(má) governação” como uma das suas causas e que pode originar uma série de outras mais... para fundamentar tal raciocinio, entre outros fatores, poderei elencar o (des)Ordenamento do Território, a falta de transparencia e a fraca implementação de instrumentos participativos, ou a “distância” das estruturas do poder!!!
Nesta linha de pensamento, saliento as “vinte propostas ambientais” efetuadas pela QUERCUS em 2002 – Nelas, o ordenamento do território em Portugal era referido como não estando a ir pelo melhor caminho, e os Planos Municipais como tendentes a garantir sistematicamente uma expansão das áreas urbanas e urbanizáveis, em detrimento dos espaços naturais, verdes e de lazer. Por sua vez, o Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território como incapaz de garantir a qualidade e a análise detalhada que tais planos exigem, sendo que o produto final é principalmente o resultado do que as equipas, na sua maioria externas, acabaram por definir em termos de uso do solo.

E, indo mais longe, salienta que, enquanto o regime de financiamento das autarquias se basear, em grande parte, em receitas de contribuição autárquica e no imposto de sisa, haverá sempre a tendência e a tentação para qualquer município promover a construção acima daquilo que é sustentável e desejável no seu contexto social, económico e paisagístico, em particular no litoral.
Assim, a Quercus entende a maior ponderação de critérios ambientais na distribuição dos fundos bem como uma redefinição da lógica de financiamento baseada quase exclusivamente na ocupação urbana já existente como absolutamente necessária para mudar a forma como actualmente se ordena o país.

Neste cenário, creio que no
essencial as nossas perspetivas divergem dadas as realidades que vivemos e que melhor conhecemos (Açores / Sines) - No entanto, reintero, que "por cá", infelizmente, a realidade se revê entre as conclusões da Quercus...

Fonte:
http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Opiniao/content/Vinte-Propostas-Ambientais-para-o-proximo-Governo?bl=1&viewall=true

Flora, 900942

florabiodiversidade disse...

Rosário,

ainda sobre (des)governo :). não poderia deixar de partilhar esta noticias da Quercus... em 14/12/2012!!!!

"Governo cede aos interesses imobiliários: Autorizado mais um empreendimento no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

O Governo Português aprovou no dia 30 de novembro a implantação de um empreendimento constituído por um hotel, dois aldeamentos turísticos e um equipamento de animação autónoma em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), Zona de Proteção Especial para as Aves (ZPE) e Sítio de Importância Comunitária, ambos denominados “Costa Sudoeste” e constituintes da Rede Natura 2000"

Ver em:
http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Governo-cede-aos-interesses-imobiliarios-Autorizado-mais-um-empreendimento-no-Parque-Natural-do-Sudoeste-Alentejano-e-Costa-Vicentina?bl=1

E agora que dizes???