terça-feira, 13 de maio de 2014

Valoração da Biodiversidade

Para a biodiversidade e muitos processos biológicos,
 a ausência de um valor aparente, 
combinados com ausentes ou mal definidos direitos de propriedade,
 criam um problema de super utilização e de uso não regulado

A Convenção da Diversidade Biológica (CDB) enfatiza o papel da ação global concertada, contudo, a dura realidade é que a ação global é somente uma parte das ações tomadas dentro das nações-estado que hospedam nosso património biológico. Estados individuais e regiões dentro dos estados enfrentam prioridades conflitantes na seleção de rumos do desenvolvimento, sendo a conservação da biodiversidade uma baixa prioridade simplesmente porque existem problemas de medição e de valoração; a biodiversidade desafia uma descrição e quantificações fáceis. O que não pode ser quantificado ou é difícil de ser monitorado e avaliado, é facilmente esquecido. Adágio que também se aplica ao conceito de valor.


Assim, a necessidade de atribuir-se valores à biodiversidade é enfatizada como um pré- requisito para uma abordagem eficiente de alocação de recursos. 

Enquanto o valor tem uma variedade de significados, a ausência de um valor económico para a biodiversidade e muitos recursos biológicos significa que eles não conseguem competir no mesmo campo de jogo com as forças que estão a levar ao seu declínio.

Neste sentido, a decisão IV da Conferência dos Partidos (COP) reconhece que "a valoração econômica da biodiversidade e recursos biológicos é uma ferramenta importante para medidas econômicas direcionadas e bem calibradas" e encoraja os Partidos a "levar em conta a valoração econômica, social, cultural e ética, no desenvolvimento de medidas de incentivo relevantes".
Embora existam exceções para a necessidade de priorizar valores económicos sobre outros valores culturais, tradicionais e espirituais, a área de valoração económica tem um sólido fundamento teórico que pode ajudar no esclarecimento das escolhas implícitas nas políticas públicas.

Valores económicos e não económicos são relacionados e podem ser reconciliados


Para umas pessoas, este tema diz respeito àquilo que seja correto ou moralmente justificável e pode ter somente uma limitada ou desprezível referência de custo e para o que as pessoas possam querer.

Para outras, o que querem, é em si mesmo uma instância moral em virtude de haver uma presunção que o fornecimento daquilo que è desejado já reflete um valor de julgamento sobre a sensibilidade da política para desejos – a "presunção democrática" - Adicionalmente, os custos são muito importantes, pois representam o uso alternativo de fundos e estes usos alternativos podem ter conteúdo moral em si próprios.

Não existe uma resolução fácil destas diferentes abordagens

Aqueles que preferem a 1ª abordagem preferirão prioridades para a conservação emanada através de uma legislatura e processo politico;


Aqueles que preferem a ultima tenderão a optar por procedimentos como a análise custo-beneficio ou a análise-multicritérios, como pré-requisitos para aquilo que ultimamente sempre é um processo politico.




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